6 de novembro de 2010

FiLmE

A morte dos sonhos é uma viagem na inquietação
Carregada de gritos
Mesmo que seja pintada de sol
Pesados passos interditos
Manchas deixadas no lençol
Onde o amor se inventou e fez canção...

A morte dos sonhos é uma mentira
Não existem sonhos assim
Que se desfaçam como marés
Nem as fores ressuscitam no jardim
Que um dia foste e agora não és
Que o amor se inventou e já não transpira...

A morte dos sonhos entranha-se na pele sem morrer
Fica ardente na vida, a queimar o futuro
Entre o cais que também serve para partir
Na hora de tudo ser dor, lágrima e escuro
No tempo dos regressos e sem nada possuir
Só porque o amor se inventou para não se ter...

A morte dos sonhos rasgada e sem fundo
No poeta, na bailarina, no veloz andamento
Na palma da mão ainda aberta
Porque tudo é nada e eu sou vento
Porque a magia é sempre incerta
E eu, no amor inventado, apenas vagabundo...


3 comentários:

Carmo disse...

Não podemos deixar morrer os sonhos!
O sonho é vida!

Abraço
Boa semana

Anónimo disse...

e quem te disse que os sonhos morrem? são eternos...
respirar as tuas palavras faz-me bem, fico feliz.
só morre o que nós matamos...

beijos

jtram

Maria disse...

Acredito que seja apenas um filme. Os sonhos não morrem. Não podem morrer. E eu não gostaria que matasses os sonhos. Porque se o fizeres, como vais viver?
Os sonhos existem, quantas vezes, no vai e vem das marés... puxadas a vento, como hoje!

Beijo-te.
gdts?
:)

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...