9 de abril de 2011

EsTeSiLêNcIo


Este silêncio de mim

Inquieta-me o corpo

Mastiga-me a fome

Acorda-me pesadelos

Trespassa-me o sangue

Afoga-me as lágrimas

E fico solidão...

Neste silêncio de mim

.

Este silêncio que grito

Não canta canteiros

Nem fogo nem ar

Apenas um pó

Desses que tatuam

E se deixam ficar...

Neste silêncio que grito.

.

E depois?

As memórias passam ao vazio

Neste grito de mim

Que o silêncio cobre num rio

Que me cobre moribundo

Outra vez eu. Vagabundo.

Sem nada esperar. Voar. Voar. Voar.

E nunca mais voltar.

3 comentários:

Ailime disse...

Amigo,
Gosto tanto da sua poesia...da sua dedicação...embora saudade.
Acredite que a vida vale a pena mesmo que seja para recordar, sempre.
Beijinhos.
Ailime

OUTONO disse...

Voa amigo ...voa no teu sonho.

Um abraço!

Maria disse...

Existe um par de asas enorme que voa acima das tuas. Às vezes faz vôo picado sobre as falésias para te dar ânimo. Outras voa quase a desfalecer até poisar nas pedras nuas. Refaz-se, sempre. Em cada respirar. Em cada toque de pele. Em cada golpe de asa...

Abraço vagabundo.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...