Este silêncio de mim
Inquieta-me o corpo
Mastiga-me a fome
Acorda-me pesadelos
Trespassa-me o sangue
Afoga-me as lágrimas
E fico solidão...
Neste silêncio de mim
.
Este silêncio que grito
Não canta canteiros
Nem fogo nem ar
Apenas um pó
Desses que tatuam
E se deixam ficar...
Neste silêncio que grito.
.
E depois?
As memórias passam ao vazio
Neste grito de mim
Que o silêncio cobre num rio
Que me cobre moribundo
Outra vez eu. Vagabundo.
Sem nada esperar. Voar. Voar. Voar.
E nunca mais voltar.
3 comentários:
Amigo,
Gosto tanto da sua poesia...da sua dedicação...embora saudade.
Acredite que a vida vale a pena mesmo que seja para recordar, sempre.
Beijinhos.
Ailime
Voa amigo ...voa no teu sonho.
Um abraço!
Existe um par de asas enorme que voa acima das tuas. Às vezes faz vôo picado sobre as falésias para te dar ânimo. Outras voa quase a desfalecer até poisar nas pedras nuas. Refaz-se, sempre. Em cada respirar. Em cada toque de pele. Em cada golpe de asa...
Abraço vagabundo.
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