Risco no céu perdido sobre o passado Canção em tom forte, doce e magoado Que treme nas mãos, em segredo Eis o dançante embalar do medo... Frente tempestade sob o corpo cansado Em negras cores de um jardim amaldiçoado Que nos passos, se perde do enredo Eis o dançante embalar do medo... Rouquidão sôfrega de uma voz num tempo silenciado Tudo grita as correntes deste rio que corre parado Que a alma se asfixia por entre o areal e o penedo Eis o dançante embalar do medo... Regresso da inquieta ternura num corte ensanguentado Como nas ausências vertigem de um punho quente e suado Que nas lutas nunca há tarde e nunca há cedo Eis o dançante embalar do medo...
3 comentários:
o medo não te deixará...dançar. nem voar.
Só a ternura (de mão dada com um olhar:-) te fará perder o medo.
Ler-te é como respirar, tudo corre de forma natural que até parce que é fácil... escrever assim!
... o doce embalar do medo...
Poema e cantiga que me têm acompanhado nos últimos dias...
Abraço-te.
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