16 de dezembro de 2006

SaUdAdE


Passeou junto ao rio,
Passeou junto ao mar,
Deixou-se morrer de frio,
Deixou-se morrer de amar...
Deixou-se iluminar pela Lua,
Deixou-se na noite a vida inteira,
Passeou sem saber que estava nua,
Passeou sem saber qual a canseira...
Quis voar junto ao Sol quente,
Quis cantar esta inquietação,
Adormeceu só, no meio de tanta gente,
Adormeceu quieta, sem dor nem perdão...
Adormeceu chorando palavras escolhidas,
Adormeceu porque tudo era sonho,
Quis-te em mim, em viagens loucas e perdidas,
Quis-te em mim e em mim te ponho!
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3 comentários:

Anónimo disse...

Quantas almas se passeam com saudades, saudades que as fazem morrer pouco a pouco, saudades de momentos cheios do calor de palavras que não voltam.
Gostei deste poema!

Sophie disse...

Magnífico!

Tu sabes do que falo... entendes perfeitamente, eu sinto-o.

Um beijo enorme

tufa tau disse...

os 365 dias são passados
venho aqui recolher tuas palavras
e tomá-las só hoje para mim
sinto eu todos estes estados
na cor que destacas e que lavras
pois todas brotam já no meu jardim

não quererei ficar na noite a vida inteira
morrer de amar é ser-se iluminado
o meu sonho viagem além da lua
em rios, em mares, mas sem canseira
o sol vê-me sem roupa sossegado
é a minha inquietação de ser só tua

abraço

oTeMp0

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