30 de dezembro de 2007

cLaRã0

Os espelhos impedem-nos de ver às vezes. Os espelhos não nos mostram quem temos à frente; reflectem-nos os que estão por trás. Às vezes mostram-nos o que não vemos: os que estão ao lado.
Mas os rios; os rios-espelho são corrente em sol forte que nos acorrentam em nós de existência. Em potentes silêncios de chamamento. Em luz certeira que nos lembra as lágrimas. As nossas. As tuas. As dele. Dela.

Parto o espelho ou atiro-me ao rio?

5 comentários:

sombra e luz disse...

parta o espelho e atire-se ao rio... que é do lado de cá que se vê e que nasce a corrente das lágrimas que nos limpam e aquecem... de sol e rio sem reflexão... ou reflexo...

(bela foto!)

Som do Silêncio disse...

Atira-te ao mar e diz que te "empurrarem" (não resisti, desculpa, mas é refrão de uma música)

Bjs

Maria disse...

Atira-te ao rio. e nada. até à exaustão.
Aí já não há espelho, apenas TU.

Beijo, Pedro

Maria Romeiras disse...

Passas para o outro lado apenas. Como Alice. Haverá realidade?

Um beijo e um bom ano.

tufa tau disse...

precisas de o partir?!?

atira-te ao rio
numa tarde quente
sem partir o frio
do espelho luzente

atira-te ao rio
deste mar tão perto
teu calor, senti-o
num abraço por certo

se as palavras unem
o que as ondas dirão
quando elas se fundem
choram de emoção

atira-te ao rio
reflecte nas águas
todo este teu brio
e as tuas palavras

lágrimas que chores
irão na corrente
algumas são dores
mas nenhuma mente

atira-te ao rio
não hesites, salta!
atira-te ao rio
expurgas a alma

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...