21 de dezembro de 2007

DeStIn0

Assim. Apenas por dentro...


Cada olhar que nos damos ao destino percorre-nos as memórias em direcção ao tempo. Eleva-se-nos na alma de tanto sentirmos. Nas solidões marginais dos despertares fortes do frio. Nos abraços embriagados dos aromas penetrantes dos corpos amantes.
Cada olhar que nos damos aproximam-nos demasiado de tudo o que da vida levamos mesmo que nunca se faça. Em direcção a um futuro por vezes tão dentro de nós que se asfixia nas palavras que soltamos em vómitos ou cantigas de amor. Lembro-me dos olhos assim, capazes de tudo o que meu coração rompe...

4 comentários:

Maria disse...

E cada olhar que não damos....
... é esse que nos despedaça...
Guardo sempre os olhares que nos damos. Cá dentro. Do meu lado esquerdo.

Um beijo, Pedro

pin gente disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
pin gente disse...

dasimagEnsquEnosUnem?

assim. apenas por dentro?
assim, pedro?
doeu-me, por ser por dentro... acho que não conseguirei ler as tuas restantes palavras de tão fortes as primeiras e a imagem...
é assim que te sentes, pedro?
que destino cruel!

se fosse por fora, usaria o meu lenço (branco) para te enchugar o rosto. para o limpar... mas por dentro! que posso fazer?
podes dizer-me? queres dizer-mo?

Filoxera disse...

Gosto das tuas palavras e acho bonita a forma como as envolves com as imagens.
Por isso resolvi ler os primórdios deste teu espaço.
Detive-me aqui, questionando-me se seria parte da igreja de Mértola que nos revelas. A minha memória desta não está já bem presente e não tenho nenhuma foto ao meu alcance.
Um beijo.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...