23 de novembro de 2008

eMbRiAgUêS


Abre-se-me um rio no peito aberto
A noite afaga-me a pele e o olhar
O silêncio mantém-me assim, demasiadamente perto
Embalo-me embriagado, deixo-me cansar


Rebolo-me em lágrimas e emoções de viver
Em palavras e ternuras e beijos e mais tudo e saudades
Corrente de mim sempre em turbilhão
Marés sonhos fomes saltos medo de te perder
Cantigas risos mãos passos fogo e tempestades
Que de tudo sou eu em fonte de inquietação


Abre-se-me um rio simplesmente
Que ao abrir logo nasce, corre e desagua
Por entre as margens feitas do abraço quente
De me fazer teu e de me fazeres tua



9 comentários:

Maria disse...

Hoje calaste-me. Porque não tenho palavras que possam comentar a beleza e intensidade das tuas, que acabei de ler. Esta embriaguês seria uma das minhas escolhas...

Um beijo, Pedro

ausenda hilário disse...

Linda a tua embriaguês. Adorei
e diria ainda...

se rio fosse
em turbilhão
de gotas e saudade
mergulhava na vaidade
de te mostrar...
que nesse rio
aberto e inquietante
há corais...
de desejo alucinante...!

Um abraço

Não consigo comentar o teu blog com o endereço do blog onde escrevo mais regularmente, por isso aqui vai a informação

http://poemas76.blogs.sapo.pt

sombra e luz disse...

que imagem verdadeiramente estonteante!... bebedeiras liquidas de azul... belíssimo!...;)

Gabriela Rocha Martins disse...

que doce remanso

que desassossego morno

o AMOR

vibratto



.
um beijo

Lúcia disse...

Estou a correr os teus poemas. Uma onda que os avassala, Pedro. Sou eu, em tantas palavras, em tantos sentimentos...
Beijinhos

Twlwyth disse...

Afundaste o 'a' do título na imensidão do azul embriagado?

Belas fotos a acompanhar a fluidez do poema.

Beijo

Anónimo disse...

deliciosas as tuas palavras bem como a tua inquietação.

já li muitos poemas teus :) mas este é forte...

beijo Pedro

as velas ardem ate ao fim disse...

Embrieguemo nos pois então!

um bjinho P

just me, an ordinary girl disse...

amei...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...