24 de julho de 2009

DiZ-mE

Como se prende um olhar?
Sim, diz-me. Que os meus olhos são conchinhas do mar
Prontos a abrir-te o corpo e voar...


Como se diminui o tamanho de um abraço?
Sim, diz-me. Que os meus gritos são do manto deste regaço
Que em nós se faz mundo pedaço a pedaço...


Como se constrói um furacão?
Sim, diz-me. Que a minha pele sangra nos poros da mão
E não páro de escrever, ao sabor da nossa canção...


Como se pede um desejo?
Sim, diz-me. Que de tão calado que ando nem te vejo
E nem sei se existes ou se foste apenas um beijo...


Como se diz amor?
Sim, mostra-me. Que a minha voz só tem sabor
Se tiver os aromas do teu calor!

10 comentários:

Anónimo disse...

diz-me...quem te faz assim inspirar...em poema de encantar...

adorei!
um bj

Maria disse...

Como se alimenta a paixão?
Sim, diz-me. Que o meu olhar caiu na tua mão
E eu não sei como apagar este vulcão...

Abraço-te, tanto...

_Sentido!... disse...

Com palavras como as tuas :)))
Abraço!

A CONCORRÊNCIA disse...

Fixe mesmo seria dizer estas e outras palavras pessoalmente, será que logo mais ? senão for possível paciência ... resta-me apenas desejar-vos (a ti e toda a tua família) um bom fim de semana !!!

Sorrisos para todos vocês !!!

maré disse...

e o amor, diz-se?

Sim! basta o olhar.

Um beijo Pedro

Maria disse...

Estas tuas palavras sufocam-me. De intensas. Quase a rebentar.
Eu digo-te. E mostro-te. Mas tens de guardar segredo...

Um beijo, quente
(do calor!!!!!)

Som do Silêncio disse...

(o comentário anterior era meu)

Pensando bem, quero apenas dizer que GOSTEI MUITO deste texto.
rsrsrsrs

Aplaudo sentada, em pé, de lado, de costas :)

Beijo meu

Anónimo disse...

Também eu queria saber a resposta a estas perguntas, por sinal deliciosas, se eu soubesse dizia-te...
Mas estive a pensar, e acho que não se consegue prender um olhar...
impossivel é diminuir o tamanho de um abraço, porque ele tem vontade própria...
O furacão, já nasce furacão...
O desejo surge...
e o amor não se diz ... faz-se...


Beijos Pedro
(ainda vou trabalhar :( sou uma escrava! ainda falaram da escrava Isaura, e a escrava M....?)

Lídia Borges disse...

A imensidão das coisas "pequenas" dita de forma soberba...

Tão lindo!


Um beijo

Filoxera disse...

Admiro imenso esta capacidade de transmitir em palavras o que se sente, desta forma tão cativante...
Um beijo.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...