A noite há-de chegar a cada momento do silêncio. Em passos largos de poeta solto e vagabundo. Amante perdido na dor. Solidão que os olhares me entregam. A noite há-de vir sedenta de vingança ou faminta de paixão. No ronco surdo de um qualquer pesadelo ou na serena inquietude de um sonho repetido. Na praia feita foz de todos os corações. No abraço pesado de cada nova ferida...
6 comentários:
Vejo um rosto numa pedra. Perco a lucidez de tanto a olhar. Não sei de quem é o rosto. Mas ele está lá. Olho a pedra e cada vez mais o rosto se aproxima do meu olhar. Não o reconheço, não sei quem é. Corro para a praia numa fuga desordenada. Dói-me o peito. O tempo passa e a noite cada vez mais escura. Oiço o rebentar das ondas ao fundo. E corro mais um pouco. Perdi a lucidez e não sei onde estou. Só oiço o mar. Uma onda lambe-me os pés e sara-me todas as feridas. Perdi o rosto. Encontrei-te a ti. E acordei...
Um beijo, Pedro
momento pesado que se purificado pelo mar, ficará leve como brisa...gosto mt de te ler!um bj
há-de chegar
como uma asa de pássaro.
___talvez um corvo
faminta por uma nesga de luz.
há-de chegar uma noite
que adormeça de espanto
a solidão das mãos.
.
um beijo de sol
Chega soberba, com a altivez do esplendor do dia, mas, com o luar que emana o poema, a noite se aquieta, com o seu olhor de coruja!
Muito bonito o que...li!
Beijo
A noite, a amante perfeita... ora brilhante na sua transparente melancolia, ora distante na escuridão de um sonho...
A noite, a eterna companheira...
Abraço.
...e quando chegar a noite que seja faminta de paixão...
beijo meu
Enviar um comentário