29 de julho de 2009

pRoCuRo



Procuro as tuas mãos

Na corrente do meu olhar

Fortes sementes que da terra se faz mar

Que do vento jardim em tons de amor e canções



Procuro o teu abraço

No sabor de uma saudade carregada

Silêncios na pele perdidos, da fonte cansada

Que do vento nada sei entre o manto e o espaço



Procuro o teu beijo

Nos versos secretos da inquietude

Remendos de palavras de fome e desejo

Que do vento rasga o norte e a juventude



Procuro-me. Pleno deste calor doce e fundo

Em todos os instantes desta respiração

Viagens por entre o meu peito e o mundo

Que do vento se faz tempo, montes e ondulação

8 comentários:

Tudo de mim. Ou quase. disse...

Eu também procuro... palavras bonitas que possa escrever para que saibas o quanto aprecio a poesia que (felizmente) partilhas. Procuro, mas elas não surgem. Fica o elogio sentido, mesmo que não traduzido em palavras.

Beijinho

Anónimo disse...

procuras mãos e vento
em (e)terno ondular
emoções e alento
nas sendas do (a)mar
e como é bom respirar a tua maresia
através da poesia

bj, dia feliz ;)

Som do Silêncio disse...

Pois...

Beijo meu

Lídia Borges disse...

De como uma saudade pode ser transbordante, inundando de mar, de vento, de desejo e de amor um poema por inteiro.

Já a sua poesia me faz falta!

Um beijo

Maria P. disse...

Procuro o regresso...sereno.

Beijinho, com saudade*

Maria disse...

Procuro o fim de tarde para te ler a noite para me aquietar. Como se pudesse...
Procuro as palavras certas para te dizer e o vento para te dar. Como se soubesse...
Mas posso abrir-te o coração para que sossegues e o peito para te tapar.
Talvez encontres as mãos o abraço o beijo e tu possas por fim acalmar.

Um beijo forte, sempre.

Unknown disse...

Fantástico... Grande inspiração!

Beijinhos,
Ana Martins

ruth ministro disse...

Palavras tuas,
que de versos fazem mares
imensos de ondas nuas...

Beijos

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...