Mergulho no teu olhar
Como se fosses o tempo meu
Pedaços de pele, vento e mar
De tudo o que tive e me aconteceu
De repente, a luz e a saudade
Pintadas de jardins cheios de histórias
E de novo o chão, e de novo a verdade
Versos, beijos, memórias
Ficam os aromas e a noite fecunda e só
Um copo de calor molhado de mim
Um trevo de silêncios e um nó
Como se tudo fosse recomeçar no fim
.
Mergulho no teu olhar
Como se fosses um regresso
Abraço longo longo longo de nunca parar
Nada mais quero, nada mais peço
De repente, a paz. O ventre da mãe
O calo da vida que passa e não cala
Como quem se perde, volta e vem
Num vagabundeante que me adormece e abala
Ficam os sorrisos, as telas dentro do peito
Um sussurro escondido de passado
E o futuro aparece outra vez refeito
No dançar do nosso outro lado!
3 comentários:
Ah, o amor...
Com ele não há hora, inicio. começo, fim ou lugar.
É continuidade, renascer, saudade e vida!
Obrigada por tão belas palavras
=)
"Mergulho no teu olhar" ...
é talvez o mergulho mais profundo, mais ousado, que alguém pode dar...
beijo Pedro :)
Gostava de ter um abraço longo longo longo longo longo até não acabar. Um abraço diferente, que ficou pelo caminho. Restam memórias vivas, tão vivas que às vezes a dor é tanta...
Tranquilizam-me as tuas palavras. Cubro-as com a minha pele e faço-as minhas. Como se houvesse um regresso.
Abraço-te, Pedro. Tanto.
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