7 de dezembro de 2009

tEmPo

Mergulho no teu olhar
Como se fosses o tempo meu
Pedaços de pele, vento e mar
De tudo o que tive e me aconteceu
De repente, a luz e a saudade
Pintadas de jardins cheios de histórias
E de novo o chão, e de novo a verdade
Versos, beijos, memórias
Ficam os aromas e a noite fecunda e só
Um copo de calor molhado de mim
Um trevo de silêncios e um nó
Como se tudo fosse recomeçar no fim
.
Mergulho no teu olhar
Como se fosses um regresso
Abraço longo longo longo de nunca parar
Nada mais quero, nada mais peço
De repente, a paz. O ventre da mãe
O calo da vida que passa e não cala
Como quem se perde, volta e vem
Num vagabundeante que me adormece e abala
Ficam os sorrisos, as telas dentro do peito
Um sussurro escondido de passado
E o futuro aparece outra vez refeito
No dançar do nosso outro lado!

3 comentários:

Ana Cristina Cattete Quevedo disse...

Ah, o amor...
Com ele não há hora, inicio. começo, fim ou lugar.
É continuidade, renascer, saudade e vida!

Obrigada por tão belas palavras

=)

Anónimo disse...

"Mergulho no teu olhar" ...

é talvez o mergulho mais profundo, mais ousado, que alguém pode dar...

beijo Pedro :)

Maria disse...

Gostava de ter um abraço longo longo longo longo longo até não acabar. Um abraço diferente, que ficou pelo caminho. Restam memórias vivas, tão vivas que às vezes a dor é tanta...
Tranquilizam-me as tuas palavras. Cubro-as com a minha pele e faço-as minhas. Como se houvesse um regresso.

Abraço-te, Pedro. Tanto.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...