26 de agosto de 2010

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Pode ser que um dia te sobrem os espaços e chames para ti todo o passado para o abraçar. Como sempre. Pode ser que o céu se abra nos teus olhos em que os rios se confundem com as memórias e depois grites todos os nomes que trazes no peito. Como sempre. Pode ser que o mar te cubra a pele de sargaço (sim, sargaço!) para que todos os aromas cheguem às flores e as palavras se cantem como só tu sabes. Sempre. Pode ser que a noite se junte às chagas que das tuas mãos queimam as paredes e assim as telas se iluminem só para te sentir adormecer. Como sempre. Pode ser que o tempo te dê um beijo e o teu corpo, grávido, trema de encontro a todos nós.Como sempre.

1 comentário:

Maria disse...

Pacientemente esperarei pelo dia, pelo céu, pela noite, pelo tempo, para que se cumpram as tuas palavras. Porque do mar a cobrir-me de sargaço é a única certeza que tenho. Como sempre!

Beijo-te. Sempre!

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...