8 de agosto de 2010

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Porque preciso. Sim.
Do vento meu a esfregar-me a cara de tanto.
Do aconchego que em verso é meu manto.
Porque preciso. Existimos sem fim.
Ser dono de um destino assim
Colado ao peito que às vezes rebenta
Gravado na voz que canta e não se aguenta
Nos olhos da vida, no corpo da morte
No desejo que vem, cavalgando sem sorte
Entre o tempo que passa e o que vem
Que uns dias é teu e outros meu também.
Eterno madrugar de flores em mim.
Só porque preciso. Sim.
Apetece correr, saltar, gritar
Entrar por um túnel escuro e frio
No secreto labirinto desconhecido
Para pintar um novo arrepio
O do sonho. O que é mais sentido.
Aquele que me deixa quente e ferido
Mistura completa de dor e prazer sem fim.
Porque preciso. Sim.
É por isso que tudo recomeça assim...

4 comentários:

Maria disse...

Ainda não é agora que me saem as palavras. Será do calor. Como queria estar debaixo de um plátano num abraço sem fim...

Maria disse...

Hoje queria ser vento e manto voz e canção desejo e tempo. Só porque precisas.
Hoje queria correr e gritar pintar e sonhar dor e prazer. Só porque precisas.
Hoje quero dar-te um abraço grande. Sentes?

Anónimo disse...

Posso te ajudar a pintar um novo arrepio?
Ajudas-me a escolher as cores? e se eu tremer, seguras-me?

queria eu saber dizer de mim, das minhas explosões abafadas nas palavras que não encontro...

abraço-te

OUTONO disse...

Dito e escrito e uma respiração só...quanto à leitura...demorou um prazer...

Abraço.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...