4 de novembro de 2010

sAuDaDeSpErDiDaSn0mAr

Sirvo-me deste silêncio em cada passo
Résteas de sonhos, interrogações
Talvez um dia regresse ao que faço
Tão fundo sentido das canções
Da magia dos versos deitados no teu olhar
Do perfume das saudades perdidas no mar...
Sirvo-me deste vazio em cada lágrima mais
Fogo que me arde os dedos, o peito
Talvez um dia grite o sangue fresco dos sinais
E aí se entenda o que não foi feito:
Atirar a vida do avesso e regressar
No perfume das saudades perdidas no mar...
Sirvo-me desta solidão em cada nova manhã
Cinza que me consome, inquieta
Talvez um dia o meu nome deixe de ser palavra vã
E os meus versos, verdadeiras pinturas de poeta
Porque tudo que atormenta se irá matar
Pelo perfume das saudades perdidas no mar...

2 comentários:

Maria P. disse...

No mar se encontre...

beijinho, Pedro*

Maria disse...

As memórias. Sirvo-me das memórias que me parecem tão antigas para matar a saudade e depois morrer. Para parar os dias e assim reviver. Para respirar em ti e então renascer.
As memórias. Sirvo-me das memórias que me parecem tão recentes para reter as lágrimas e parar de chorar. Para te dar as mãos e poder amar. Para te abrir o meu peito e poder-te abraçar.

Saudades de todas as memórias quando olho o mar. E nele reconheço o teu olhar.

Beijo-te.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...