4 de janeiro de 2012

LaBiRiNt0

Que a força dos meus sonhos me traga a paz
Na cintura de um vagabundear embriagado.
Valsa de um tempo de céu dançado
Onde o meu pulso tudo constrói de tanto ser capaz!

Que o ritmo dos meus cantos ardam em cores
No olhar que a corrente da minha pele me dá.
Cada rio inventa outras fontes entre cá e lá
E o meu pulso funde-se nos degraus dos seus próprios tremores!

Que os abraços contem histórias de encantar
Dos segredos da floresta e tudo o mais.
O meu peito brilha consigo os seus sinais
E eu, no pulso de mim, faço-me vento, jardim e mar!

Que os poemas se rompam em ecos de tudo ou nada
Leves troncos pesados deste chão quente que arde.
Alma de um coração que ferve sempre que se fazendo tarde
Deixa que cada noite acorde o pulso com que recebe a madrugada!

Que a minha voz não se cale! Estou cansado e preciso de um grito
Com que se pintem as vontades que o meu corpo seduz.
Sedento de mel, espaço de aconchego e luz
Onde o meu pulso adormece os silêncios de um navegar ainda aflito!

Que nunca me pesem os dedos na procura dos versos meus
Rouquidão feita tempestade e lagoa de flores coloridas.
Ávido na inquietação das palavras soltas e perdidas
O meu pulso renova-se e germina na pele dos toques teus!
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São apenas letras que se juntam ao acaso ou um labirinto de fuga?

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