2 de dezembro de 2006

LiMiTaÇã0


Pela noite que nos adormece os sonhos
E os acorda para os sentir crescer
Vamos sendo, monstros medonhos
Com medo de adormecer

Porque a vida nos consome e alimenta
Da palavra, da outra margem do nosso ser
Vamos sendo, operários sem ferramenta
Com medo do dia a entardecer

Calculando viagens, separando mares
Na procura do eterno impossível saber
Vamos sendo, tímidos cantares
Com medo da luta que é viver

Podemos nós estar serenos
Na profundidade dos olhares ao nascer?
Podemos nós, infinitamente pequenos
Acreditar na morte por morrer?

8 comentários:

Anónimo disse...

A vida é sem dúvida um mar de contradições e contratempos que nos ocupam os medos de querer acreditar. No entanto não há melhor que VIVER....

Bjinhos

Anónimo disse...

Que pena nem todas as palavras tenham uma assinatura...

Anónimo disse...

A.: O que é andar com os sonhos fora de horas?

Anónimo disse...

A.: O que é andar com os sonhos fora de horas?

sotavento disse...

Deve ser por isso que nascemos já a chorar!... ;)

Suspiros disse...

"As coisas difíceis levam muito tempo. O impossível pode demorar um pouco mais".
(Anónimo)
:)

Claudia disse...

A extensão do 'nunca mais' com a tua morte vai até à morte do universo. E é sobretudo isso que a torna incompreensível

Claudia disse...

"A extensão do 'nunca mais' com a tua morte vai até à morte do universo. E é sobretudo isso que a torna incompreensível"

Vergílio Ferreira.

Por mais que tentemos explicar, entender e aceitar, a morte foge-nos, à nossa compreensão... mais. à nossa aceitação...

Talvez porque somos muitos pequenos...

Talvez porque haja algo que nos transcenda...

Beijo.

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...