14 de janeiro de 2008

CaLo

Vou correr. Sim. Saltar e correr. Gritar. Anunciar-me numa nova rouquidão. Um eterno cansaço. Vou correr. Sim. Sobrevoar-me sem me ver. Sem nunca mais me ver. Sem ver nada nem ninguém. Correr. Sempre em frente. Em direcção ao vazio. Deixar as nuvens entrar-me no rosto. Mergulhar-me as lágrimas e inundar todas as palavras. Mais as que nos unem e as que nos afastam e as que nos abismam e as que nos intrigam e as que nos magoam e as que nos limpam e as que nos percorrem e... Vou correr. Corresponder-me num outro precipício. Em vertigem. Talvez sem palavras. Talvez sem mim. Até a saudade me trazer de volta e outra vez morrer de amor.

4 comentários:

Maria disse...

Vai. Mas volta...
... com mais palavrasquenosunem...

Um beijo

isabel mendes ferreira disse...

passo e re.passo.


quase sempre no mais tímido silêncio.



gosto da sua escrita.muito.


(mas acho que não devia estar aqui.)
:(.


prometo re.passar.

silenciosaMENTE.

Gabriela Rocha Martins disse...

deixo

no

entanto

uma

.

palavra


.

GOSTO



um beijo

Susana Júlio disse...

O caminho é sempre em frente seja em passo lento ou em corrida e o Amor, eterno precipício, acelera-nos a Vida dentro de nós, corre-nos o sangue...agita-nos e acorda-nos!
:))

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...