29 de abril de 2009

àGuA


Corres-me nas veias límpida como um rio
Fresca sabes à nascente do sangue ardente
Fonte de eterno sopro ou arrepio
Onde me deito na espera de um novo presente

Canto-te todos os dias num sussurro esguio
Margens de mim, de memórias da gente
O amor, ao prendê-lo, perdi-o
O caminho faz-se no sabor desta corrente

Deito-me e mergulho por dentro do frio
Fogo embriagado que em roda se sente
Somos sempre abraço, forte e macio
Que assim de nós se faz o fruto e a semente

6 comentários:

Maria disse...

Agora não tenho as palavras que queria para ti, Pedro. Sei o que sentes. Um arrepio de pele a percorrer-me o corpo. Um frio de te ler. Um abraço de te aquecer. Mas não eram estas as palavras que queria para ti, Pedro. São apenas letras que me saíram e se juntaram...
Preciso dizer que este poema é lindo?

Um beijo grande, e um abraço nosso.

A CONCORRÊNCIA disse...

Partilho o gosto de memórias, o gosto do sentir, agradeço-te a partilha das tuas palavras, que me emudecem sempre ... leio-as, saboreio-as e tento recompor-me, é sempre assim quando te leio Pedro .

Um sorriso e até logo

pin gente disse...

inalo da brisa o aroma de um poema
doce, carinhoso, sempre em mim presente
palavras ternas em que o amor é tema
e que, vindas de ti, me deixam quente

e a música que teu coração aclama
canta nos meus olhos ternamente
teus acordes em tons de alfazema
que a minha pele quer, e pressente

ao amor em versos, de uma alma
que vive a poesia em si enchente
na sua profundeza me acalma
e me traz cativa, sem que o tente


gostei muito, pedro
um beijo (e)terno
luísa

Maria P. disse...

nas memórias se sente...
nas palavras(tuas) fico...

Beijinho, Pedro*

Anónimo disse...

adoro ler-te. Tu sabes :)
porque ler-te obriga-me a ler de cima para baixo, de baixo para cima, procurar as letras por ti marcadas e tentar que façam sentido em mim.
Quando digo sentido em mim, é uma forma de expressão, isto é, tudo o lemos, no fundo há sempre uma palavra que podia ser nossa (minha), quem gosta relamente de ler encontra-se no que os outros escrevem.
e eu encontro-me aqui.

beijos, saudades, viva o FCP, e amanhã é o dia do Trabalhador!

Anónimo disse...

nota: quando escrevi relamente, queria dizer/escrever realmente...

:))

(não bebi nada)

:)))

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...