Não fosse eu filho sempre do que a vida me dá
Trazendo as marcas que o tempo arrasta...
Esta fúria de hoje, sangrenta, que teima de cá para lá
Manter-me a pele quente, com o cheiro que a tua morte não gasta...
Não fosse eu filho sempre do que a vida me concede
Carregando os versos e os ninhos de casta...
Esta semente que chora, ama, chama e pede
Que nunca se perca nesta pele quente o cheiro que a tua morte não gasta...
Não fosse eu filho sempre do que a vida tem
Num grito que sangra e ao reflorir não se afasta...
Este pedaço de mim que levaste contigo, mãe
E que me pinta a pele com o cheiro que tua morte não gasta...
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Não será hoje que escrevo o que queria... Mas estivemos todos juntos no cimo da serra, num dia feliz! Não pronunciámos o teu nome, mas os nossos olhos tinham o teu sorriso, eu sei. À tua, que te vivo e viverei sempre com tudo o que tenho.
5 comentários:
:))
Abraço, Pedro.
Um beijo carinhoso, Pedro :)
Sublime!
Um beijinho.
Ailime
Sei que estás bem. No alto da serra com cheiro a urze e alecrim. Não sei se o cheiro dos agapantes chega aí...
Sinto-te bem. De voz tranquila e sorriso maroto de menino. Deixo um abraço de vento apertado, daqui...
Beijo-te
as palavras fogem.me serás sempre filho desse amor que carregas.
aceita como fazendo parte do teu percurso.
um grande beijinho
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