Vou atirar um grito ao mar
Para que se perca longe e só
Porque esse grito de tanto gritar
É sargaço, vento e pó
Vou atirar um beijo à solidão
Para que se abram as saudades
Porque esse beijo é carne, amor e canção
Viagens, cicatrizes e crueldades
Vou atirar um suspiro ao rio
Para pintar as margens de mim
Porque esse suspiro pode ser arrepio
Silêncio plantado num qualquer jardim
Vou atirar um abraço por aí
Que o norte desiste sempre sem avisar
E talvez um dia regresse de novo a ti
De noite, num qualquer canto por inventar
3 comentários:
Cumpre sempre o calendário do mar...ele marcarás as tuas marés nos almejos da tua alma...
Abraço!
sim...
esse é um dom... consegues pintar a vida.
beijo Pedro
Amigo,
Como são belos os seus poemas na saudade eterna.
Abraço-o.
Ailime
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