Corrente de mim, o tempo, canta
Grita-me o sangue e eu nem sou cantor...
Corrente, assim, um rio, manta
De me aquecer em pedaços de amor
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Corrente de mim, o tempo, ama
Inquieta-me os versos e eu nem sou amante
Corrente, assim, mesmo poeta que inflama
O tempo, esse, que vai sempre mais adiante
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Corrente de mim, o tempo, mãe
Aleita-me a pele e eu nem sou semente
Corrente, assim, como quem se alimenta também
No encontro brutal das solidões de toda a gente
5 comentários:
A beleza deste poema...e o nó que deves ter sentido ao escrevê-lo.
Como o sinto também, numa saudade que dura...
Um abraço sentido.
... e tu nem és semente?
Já semeaste tanto, mas tanto, em correntes de amor amizade solidariedade e pele. Pele! Em arrepio.
E reconheço este pedaço de mar que é pedaço de mim...
Um abraço, forte.
Lindo!
Um beijinho Pedro
... a corrente que vai e vem, a saudade que vai e vem... e o tempo que traz em ondas estes 'sentires'. Abraço longo.
Muito belo... parabéns!
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