19 de março de 2007

c0nStRuÇã0

Debaixo dos meus pés a minha alma nasce. Como também debaixo dos meus pés se alastra o meu grito pela terra dentro. E debaixo de mim sangro-me de tanta ausência, carinho ou lamento. Que debaixo de mim respiro fundo na inquietação de existir. Debaixo da minha alma cada palavra renasce no trilho da sua maré. E debaixo da minha alma aconteço todos os dias. Debaixo. Por baixo. Em baixo.

11 comentários:

Maria disse...

"E debaixo da minha alma aconteço todos os dias."
Lindo. Perfeito. In quietante.

Beijo de boa noite

Maria disse...

Hoje não vim apenas ler-te, mas tb chamar a atenção para um novo jantar de blogs - este o da Primavera! A 14 de Abril. Encontras o link para as inscrições no meu canto. Será q é desta? :-)
Beijos

Cadinho RoCo disse...

Debaixo do peso de todos os pesares o rastro do que passa passou.
Cadinho RoCo

Maria disse...

Só para te deixar um beijo especial, Hoje.
Por seres a pessoa que és!

un dress disse...

que toda a música se abre da surdez.

que as sementes se inquietam na cegueira até ao sorriso aberto nas folhas...

que por dentro do castanho-vermelho. do castanho-cobre. do peso da terra por baixo-debaixo. que por dentro

se (de)cifram. misteriosos e lentos os-trilhos. os sinais mágicos que conduzem pela mão.até à tranquila respiração
dos ventos...


:) abra.Ço

Maria Romeiras disse...

Pedro, que forte esse sufocar do que temos debaixo da alma... Deixas-me a pensar, hoje mais que nunca. Obrigado.

Claudia disse...

"E debaixo da minha alma aconteço todos os dias."

Aconteces a ti e a nós.

Beijo acontecido

SMA disse...

E ao som de um (contra)baixo fazem-se raizes à terra... e ramos aos abraços.

Bjo doce

maria josé quintela disse...

constrói-se a partir de baixo. para que a estrutura seja forte.
certamente tu aguentarás a tua constreução.

veritas disse...

Que essas palavras, no seu renascimento constante, te levem ao cimo...sempre...

Bjs. Boa semana.

Maria P. disse...

Suceder inesperadamete em cada acontecer, acontece. Eu aconteço.

Um beijo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...