O meu olhar recusa-te a magia das palavras. Aprisiono-te os dedos para nunca me amares. Rasgo-te as folhas em branco. Invento mil e uma tarefas, tão cheias que nem te lembres de mim. Vasculho as tuas canetas e roubo-lhes as tintas. Inverto as legendas da televisão e risco os livros de negro. Escondo tudo o que seja transparente. Apago as memórias e as canções. Corto a electricidade. Fecho a porta à chave para que possas fugir de mim para sempre. Ao ter-me preso. Só assim os espelhos se partirão.
7 comentários:
É isso que queres?
E onde é que eu te vou ler?
Beijo, Pedro.
É triste...
Bjs
Há memórias que nunca se apagarão. Há canções que nunca poderão ser caladas. Há espelhos que nunca se partirão, que sempre irão reflectir. Há lágrimas que nunca deixarão de cair. Mesmo depois da fuga. Mesmo depois do adeus.
Com destino.
Mas os espelhos ficam por quebrar.
Beijinho*
Há fins que nunca terão um fim... E ainda bem.
:)
Oi Pedro
"Não há machado que corte
a raíz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte
Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão
Nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento
porque é livre como o vento
porque é livre "
Um beijo de ternura, enquanto dormes ...
* * * * *
Não me acredito!
Até porque para sempre, é mesmo para sempre...
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