27 de março de 2007

sEmDeStIn0

O meu olhar recusa-te a magia das palavras. Aprisiono-te os dedos para nunca me amares. Rasgo-te as folhas em branco. Invento mil e uma tarefas, tão cheias que nem te lembres de mim. Vasculho as tuas canetas e roubo-lhes as tintas. Inverto as legendas da televisão e risco os livros de negro. Escondo tudo o que seja transparente. Apago as memórias e as canções. Corto a electricidade. Fecho a porta à chave para que possas fugir de mim para sempre. Ao ter-me preso. Só assim os espelhos se partirão.

7 comentários:

Maria disse...

É isso que queres?
E onde é que eu te vou ler?

Beijo, Pedro.

foreveryoung disse...

É triste...
Bjs

Anónimo disse...

Há memórias que nunca se apagarão. Há canções que nunca poderão ser caladas. Há espelhos que nunca se partirão, que sempre irão reflectir. Há lágrimas que nunca deixarão de cair. Mesmo depois da fuga. Mesmo depois do adeus.

Maria P. disse...

Com destino.
Mas os espelhos ficam por quebrar.

Beijinho*

Suspiros disse...

Há fins que nunca terão um fim... E ainda bem.

:)

Anónimo disse...

Oi Pedro

"Não há machado que corte
a raíz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte

Se ao morrer o coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão

Nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento
porque é livre como o vento
porque é livre "

Um beijo de ternura, enquanto dormes ...
* * * * *

Claudia disse...

Não me acredito!
Até porque para sempre, é mesmo para sempre...

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...