8 de fevereiro de 2008

pRoCuRa

Cabe-me o enredo no peito. Talvez passado em Paris. Aquela caminhada junto ao rio, junto ao cheiro da História. Perto de mais do meu passado. Abraçado eternamente ao meu futuro. O quarto, pequeno e discreto, tudo encobria. Cada luz da cidade luz. Cada respirar profundo dos amantes. Ele sentou-se junto à janela contemplando o cimo das casas. Como num filme. Ela ficou-se encostada ao fogão, para se aquecer naquela manhã fria. Por momentos o tempo não foi o mesmo e os seus olhares não se cruzaram. Teve de ser assim. Nem para a despedida eminente. Ele sabia que mal saísse por aquela porta todos os caminhos se fechariam para sempre. Ela nem queria pensar nisso. Abandonou-se ao calor do lume aceso à espera de nada. Como eles. Que não esperavam nada. Mesmo em Paris. Onde tudo se espera. Onde cada espera é demasiado bela. Eu quero ir a
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.P.
.a.
.r.
.i.
.s.
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Procurar-me.

2 comentários:

Maria disse...

Sorrio-te...
Vais lá tantas vezes, em pensamento....
Em Paris eu perco-me, tu encontras-te.... e ganhas Vida!

Um beijo, Pedro

Gabriela Rocha Martins disse...

se ousar fosse proibido

bastar.me.ia chegar aqui

para descobrir

o outro lado

da proibição

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obrigada

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um beijo

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...