Procurei-te no meu corpo junto ao soalho do postigo. No armário apenas um conjunto de roupas do avô. No baú ainda os projectos das nossas brincadeiras das tardes sem aulas. Hoje nada disso te interessa porque sabes que naquela casa nunca foste. Eu fui. Quando tu chegaste tinhas sido ultrapassada pelas memórias. Do soalho do postigo. Do armário. Do baú. Porque as memórias atrapalham sempre as procuras do corpo...
Deixei-me então estar sem te ter encontrado. Perdido na certeza dos silêncios. Feliz. Afinal, não pertences a este lugar. Mesmo que me pertenças...
9 comentários:
Aquela casa eras Tu.
E porque as memórias me atam nas procuras do corpo, eu mergulho no meu silêncio e saio devagarinho. De Ti. Da Casa.
Beijo.
e porém...
alguém terá que
fiCaR poR dentrO
boa noite :)
Um fluído do que era... a essência do dia-a-dia de um avô querido...
abrçs
Desde que te pertença, tudo o que é teu é dela também... mesmo em memórias :)
Bjs!
Gostei destas memórias na certeza dos silêncios. Belo! beijos.
Quero pertencer a esse lugar...quero que me pertenças para sempre...palavras com todo o sentido, para mim!
Beijokas on skin
Os lugares são apenas os lugares. Ainda que sejam nossos. Mas as almas permanecem.
Lindíssima imagem. Bem acompanhada pelas palavras.
Um beijo.
Isso é o que importa. Que a casa sejas tu!!!
Beijo
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