Sei que não sou vento e que tu nunca serás a nuvem que me cobrirá de branco e algodão.
Sei que não sou cidade e que tu nunca serás o tempo que me construirá mais um bairro.
Sei que não sou flor e que tu nunca serás a cor que me pintará os aromas.
Sei que não sou terra e que tu nunca serás a água de me penetrar a alma e me fazer fecunda.
Sei que não sou verso e que tu nunca serás a palavra que me levará para longe.
Sei que existo. E que existes. Apenas.
10 comentários:
Apenas, pode ser muito. Basta existirmos.
Beijo.
Mas és Voz!
Existimos.
Apenas.
Beijo.
Saber o que não és, é sabedoria bastante Pedro!
um beijo.
Saber o que nunca se poderá ser quando tantas vezes sonhamos em sê-lo, também é dor.
"Sei que existo. E que existes. Apenas."
Apenas um beijo...
Existir, sendo apenas isso, é apenas tudo - é que, sem existir, sobra nada o que, infelizmente, é a forma de vida da maioria de nós!
Obrigado pelo "relembranço".
Um abraço
Existes sim:) E não na ignorÂncia!
Um beijo grande
Eu daria o titulo de "existência"; pois tudo isto que existe, e secalhar,tudo isto que é triste ...
(mas está lindo)
Bjsss
Sei tudo e não sei nada...só sei que não sei que tu sabes que só existo para ti!
Beijokas on skin
Vim retribuir o teu voo pela minha nuvem... :) É verdade, estamos trocados... e que saudades tenho eu da minha Lisboa...
Gostei muito das tuas palavras e especialmente deste poema.
Grande sensibilidade.
Beijo
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