12 de fevereiro de 2008

vIdAaEsCrEvEr

Cada palavra que me assalta é mais uma corrente de sangue que um dia me irá cobrir de morte...
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Poiso na janela que abre o meu peito à paixão
Aceno levemente, talvez com o olhar, talvez com o coração
Sei-me demasiadamente vazio para amar
Hoje sinto-me o pó mais secreto do mar
Onde nada acontece: nem maré... nem tempestade... nem morte... nem o teu leve desaguar...
Poiso em mim. Fechado por entre as minhas memórias.
Encoberto por entre as dores de todas as histórias
Rouco dos gritos de me desfazer o peito
Inerte. Intranquilamente desfeito
Sem mais nada acontecer: nem o canto... nem o pudor... nem a selva.
Sou palco de todas as escórias.
Lixo. Perto demais da desgraça.
Ainda por cima acenando a quem passa...
Rapidamente viro as costas e fujo. Com medo de me reencontrar...
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6 comentários:

Carla disse...

quando se é "o pó mais secreto do mar" não podemos ter medo de nos reencontrar, embora às vezes desse reencontro possam surgir feridas em carne viva

Twlwyth disse...

Ser-se leito de sangue.

Beijo

Maria disse...

Fica.
Na janela....

Beijo, Pedro

Alma Nova ® disse...

Reencontra-te!...E debruça-te nessa janela, deixa entrar a emoção.

Mateso disse...

A janela de vidraças opacas de memórias doridas.
A chuva virá... e as vidraças serão, então ,translúcidas.
Bj.

ana disse...

..ás vezes há necessidade de nos reencontrar..aquele encontro que por vezes temos de marcar com nós próprios...e é aí que se dissipa todo o medo que tivemos de nos rever naquilo de que fugiamos..é sempre um passo em frente..e assim evoluimos...por vezes sentir o nada é sentir tudo...

Adorei
Beijinho

oTeMp0

O tempo que passa Leva uma flor ao vento Que se faz poesia e raça Fonte, porta e lamento Curva-se o peregrino Sem ter medo da desgra...