Cada palavra que me assalta é mais uma corrente de sangue que um dia me irá cobrir de morte...
.
.
.
.
.
.
---------------------------------------------
Poiso na janela que abre o meu peito à paixão
Aceno levemente, talvez com o olhar, talvez com o coração
Sei-me demasiadamente vazio para amar
Hoje sinto-me o pó mais secreto do mar
Onde nada acontece: nem maré... nem tempestade... nem morte... nem o teu leve desaguar...
Poiso em mim. Fechado por entre as minhas memórias.
Encoberto por entre as dores de todas as histórias
Rouco dos gritos de me desfazer o peito
Inerte. Intranquilamente desfeito
Sem mais nada acontecer: nem o canto... nem o pudor... nem a selva.
Sou palco de todas as escórias.
Lixo. Perto demais da desgraça.
Ainda por cima acenando a quem passa...
Rapidamente viro as costas e fujo. Com medo de me reencontrar...
---------------------------------------------
6 comentários:
quando se é "o pó mais secreto do mar" não podemos ter medo de nos reencontrar, embora às vezes desse reencontro possam surgir feridas em carne viva
Ser-se leito de sangue.
Beijo
Fica.
Na janela....
Beijo, Pedro
Reencontra-te!...E debruça-te nessa janela, deixa entrar a emoção.
A janela de vidraças opacas de memórias doridas.
A chuva virá... e as vidraças serão, então ,translúcidas.
Bj.
..ás vezes há necessidade de nos reencontrar..aquele encontro que por vezes temos de marcar com nós próprios...e é aí que se dissipa todo o medo que tivemos de nos rever naquilo de que fugiamos..é sempre um passo em frente..e assim evoluimos...por vezes sentir o nada é sentir tudo...
Adorei
Beijinho
Enviar um comentário