15 de março de 2007

dEsEj0


Bebeste-me da pele todo o meu sangue quente. As minhas lágrimas. Os sorrisos do poente.


Colheste-me do olhar toda a minha alma ardente. Os meus passos. Os gritos do passado-presente.


Envolveste-me de mim todo o meu sabor corrente. As minhas noites. Os negros de te ver tão ausente.


Por tudo de me ter assim intermitente te digo que não quero ser prudente e desejo-te mais uma vez serpente.


No teu ir e vir meio dormente...


9 comentários:

HNunes disse...

"Bebeste", "Colheste" e Envolveste-te" de ti, numa busca permanente. Por ora escreves à serpente mas, mais tarde cantarás sem estares dormente.
Jokas

Unknown disse...

A serpente um bicho horrento mas simblo de encanto...que se arrasta num misto de enacanto e medo...
um abraço

brisa de palavras

Claudia disse...

Às vezes é bom estar meio dormente, sabendo que a serpente está do lado de lá. O desejo cresce...

Maria disse...

Então não sejas prudente...
...nesse ir e vir meio dormente...

Beijo de boa noite

Maria disse...

Serpente seja!
Beijos

Letras de Babel disse...

"envolveste-me de mim
(...)
no teu ir e vir meio dormente"

..................

isto é
é...
(a palavra. a palavra que não acho...?...eu não queria falar de mim...)

é entregar a vida
(a alguém)
lânguidamente

Maria Romeiras disse...

Conselhos em poema... também não quero ser prudente, quero viver!

Light disse...

"um turbilhao de palavras urgem em sair de mim...quando te leio...

Maria Carvalho disse...

Gostei desta sensualidade...

oTeMp0

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